segunda-feira, 30 de abril de 2012

Rock de Pitty anima público do Rock in Rio e mostra que a Bahia não é só axé


A baiana , segunda atração do   no último dia de Rock in Rio ganhou o público nos primeiros acordes de “Anacrônico”, primiera música de seu setlist.  Em seguida a roqueira foi de “Admirável Chip Novo”, outro grande  de sua carreira.
A cantora tocou Roberto Carlos em versão rock and roll e foi ovacionada pelos presentes.
“Diretamente do Circo Voador, da Trupe Delirante”. foi assim que Pitty anunciou a a música “Comum de dois”. Em seguida Pitty disparaou para a galera:
“Parece que vocês estão mais espremidos do que nos outros dias. Depois que eu sair daqui, vou tomar umas e curtir os shows, com vocês.”
Quando Pitty começou seu momento romântico obteve um backing vocal de 100 mil pessoas, que cantaram ardentemente o refrão de “Equalize”. Na sequencia Pitty comoveu toda a Cidade do Rock interpretando “Na Sua Estante”, um momento lido do Rock in Rio.
O público se encantou com Pitty não só pelo seu som, mas também por sua sensualidade. A baiana foi chamada de gostosa diversas vezes pelo público.
Outro momento foda de Pitty no rock in Rio, foi a execução de “Me Adora” cantada a plenos pulmões pela plateia.
No final do show, Pitty sacudiu a galera tocando Máscara e disparou “Eu queria fazer um negócio de improviso, em homenagem a um disco que fez 20 anos há pouco tempo” para emendar com  ”Smells like teen spirit”, do Nirvana.

publicada há 5 diasatualizada há 4 dias Pitty se prepara para lançar DVD de seu projeto paralelo, o Agridoce


Pitty em show do Jota Quest em São Paulo (Foto: Manuela Scarpa/ Photo Rio News)
Pitty em show do Jota Quest em São Paulo
Pitty foi uma das convidadas do lançamento do novo DVD do Jota Quest em comemoração aos 15 anos de carreira, que aconteceu na noite dessa terça-feira, 24, em São Paulo. Além de fazer uma participação no projeto, a cantora dividiu o palco do evento com Rogério Flausino e cantou um dos hits de sua carreira, “Me Adora”.
“A gente é amigo e um dia o Rogério falou que adorava a música [Me Adora], convidou para fazermos juntos no DVD e eu fui... Nem sabia que iria cantar hoje”, disse ela.
Sempre com letras contundentes e guitarras afiadas, Pitty se prepara para mostrar para o Brasil um outro lado. Com os instrumentos desplugados e ritmos com a pegada folk, ela vai lançar o primeiro DVD de seu projeto paralelo, o Agridoce, em parceria com o músico de sua banda, Martin.
“O projeto está 'massa'. Estamos fazendo muitos shows, agora vai rolar o DVD. O público gosta, na verdade, mais do que eu imaginava. Isso dá uma vontade da gente continuar. Está bem legal”.
Na cena do rock’n’roll brasileiro desde 2003, quando surgiu na mídia com o álbum “Admirável Chip Novo” e estourou com os singles “Máscara” e “Equalize”, a cantora contou que o público ainda faz confusão de sua carreira com o projeto Agridoce. “É da natureza humana confundir, a gente é confuso, é natural que seja assim”, ponderou.
Pitty em show do Jota Quest em São Paulo (Foto: Manuela Scarpa/ Photo Rio News)Pitty canta com Rogério Flausino
Pitty em show do Jota Quest em São Paulo (Foto: Manuela Scarpa/ Photo Rio News)Pitty em show do Jota Quest em São Paulo

domingo, 29 de abril de 2012

Tatuagem- Pitty

Agridoce Entrevista + Dançando + Bday


Pitty: 'não gosto de ser famosa, mas tenho que divulgar a música'



"Não quero ficar com cara de modelete", diz Pitty, ao solicitar alguns pequenos desenhos em lápis preto ao redor dos olhos. “Não se preocupe, você é bonita”, responde o maquiador. “Obrigada”, ela agradece, fechando os olhos mais tranquila. Momentos depois, em uma tarde de sexta-feira pouco ensolarada em São Paulo, Pitty está sentada de frente para a ampla janela da sala de um apartamento no alto de um prédio no bairro de Perdizes, enquanto aguarda para ser fotografada. A assessora lhe traz pão de queijo e café, que compõem o que provavelmente é a primeira refeição dela naquele dia. Enquanto dança discretamente ao som do Gotan Project, Priscilla Novaes Leone nem se parece com a furiosa cantora de letras confessionais que conquistou a admiração fanática de milhares de adolescentes deslocados – eles, segundo a própria Pitty, seriam o espelho dela própria no que chama de seus “anos definidores”, quando morou com a mãe, Dina, e o irmão, Leonardo, em Porto Seguro, Bahia, entre os 10 e 14 anos. Assim sendo, Pitty sempre toma cuidado especial ao abandonar – nem que apenas por alguns minutos – a persona rebelde que encarnou desde o começo da carreira.
Ainda durante a sessão de maquiagem, Pitty confessa que despertou há poucos anos para a vaidade, mesmo que não saiba precisar exatamente quando. “Sou péssima com datas”, justifica. “Rolou naturalmente. Algumas pessoas podem dizer que foi a maturidade, mas eu não sei. Um belo dia comecei a achar interessante e não reprimi.” Este é um dos poucos lados assumidamente “menininha” da cantora. Durante as fotos, no entanto, desarmada de defesas em relação ao contato com estranhos (ou então assumindo um papel por alguns poucos minutos), Pitty deixa seu lado feminino aflorar aos poucos. Vestindo uma lingerie roxa, ela exibe uma sensualidade contida, mas nítida. Está longe do estilo mulherão – tem 1,61 m de altura e não costuma usar roupas que realcem suas formas – mas confortavelmente se deixa deitar no sofá para, sem grandes movimentos, seduzir a câmera apenas com o olhar. Tal qual um gato que pede carinho de mansinho, ela parece levar a situação com sutileza ímpar.
Uma sessão de fotos é, na verdade, outra forma de teatro, um jogo entre câmera e seu objeto – algo que Pitty, 34 anos, está acostumada a fazer na vida profissional. Pouco mais de um mês depois, nos reencontramos na sala do apartamento dela, na região da boêmia rua Augusta, em São Paulo. Com o rosto limpo, calça de ginástica preta, blusa preta com detalhes verdes e azuis, ela parece mais relaxada. Confessa que se sente melhor em ambientes masculinos. “Me identifico com a praticidade, um certo pragmatismo”, explica. “Acho a relação com homem muito honesta, sempre tive amigos homens de olhar no olho e dizer tudo que eu sinto sem me sentir julgada. Quando estou com meus amigos, sou um mano: arroto, bato no ombro, chamo de gostosa.” Não que ela não tenha grandes amigas mulheres ou não frequente ambientes femininos. “Os estereótipos femininos, as conversas, me fazem olhar meio de fora”, analisa. “Eu não me vejo participando daquilo. Participo porque sou garota, tenho que estar ali, mas acho caricato.”
Ouça a nova música do Projeto Agridoce - ROMEU:

Pitty divulga fotos direto do Texas e comenta show no SXSW




A cantora e compositora baiana Pitty está em Austin no Texas - Estados Unidos, onde cumpre agenda de dois shows dentro da programação do cultuado festival indie SXSW.

Desta vez Pitty não leva seu trabalho da carreira solo, ela apresenta a turnê do duo Agridoce, projeto recente no qual apresenta uma faceta mais intimista, ao lado do amigo e parceiro de 'rocks' Martin Mendonça.

Pitty divulga fotos direto do Texas e comenta show no SXSW

Pelo twitter a roqueira divulgou foto da chegada ao evento e também comentou a primeira apresentação: "show ontem do @Agridoce aqui no SXSW foi diferentão do primeiro. tocamos com os gringos e para os gringos basicamente. experiência massa". 

A baiana ainda aproveitou para compartilhar com seus muitos seguidores de rede social, os grupos que dividiram palco com o Agridoce, na noite desta sexta (16): "duas bandas que tocaram com a gente ontem: Dad Rocks (Dinamarca) migre.me/8jfnB e Paula & Karol (Polônia) migre.me/8jfqh"

Entre os artistas brasileiros que também se apresentam no festival SXSW estão Tiê, Some Community, Renato Godá, Tita Lima e Tiago Iorc.

Making of - Pitty na revista Rolling Stone


cantora Pitty ganhou um perfil no Especial Mulher da edição 66, março/2012, da Rolling Stone Brasil. Veja o making of da sessão de fotos, no qual a artista fala um pouco sobre o projeto Agridoce.


Pitty revela em entrevista qual foi seu primeiro emprego


“Comecei a trabalhar bem nova. Era motogirl", disse cantora


Após lançar o novo álbum Agridoce no inicio do mês, no Rio de Janeiro, a cantora Pitty, foi entrevistada pela CARAS Online para falar sobre o novo projeto e revelou que antes da fama, ela ja fez de tudo um pouco para alcançar o sucesso.

Com vários hits emplacados, como 'Equalize' e 'Admirável Chip Novo' -, e milhões de cópias de álbuns vendidos, a cantora Pitty relembrou o seu primeiro emprego como “motogirl”. “Comecei a trabalhar bem nova. Era motogirl, nem sei se é assim que se fala. Trabalhava entregando coisas numa empresa de bicicleta”, recordou a rockstar brasileira.

Já sobre o novo projeto, a baiana disparou: “Tá massa, estamos com um monte de shows. Vai rolar um DVD agora. Está bem legal”, disse a roqueira. A repercussão do projeto tem sido, para ela, bastante interessante. “A aceitação tem sido mais bacana do que eu imaginava. Isso dá uma vontade de continuar”, admitiu. Questionada se o público não confunde os dois trabalhos – o Agridoce com a banda Pitty – ela observou: “Eu acho que é da natureza humana confundir. A gente já é confuso. É natural que seja assim”, explica.

Charlie Brown Jr. e Pitty são confirmados para o João Rock 2012


A banda Charlie Brown Jr. e o projeto  Agridoce, da cantora Pitty, são as novas atrações confirmadas para o festival João Rock 2012, que acontece no dia 23 de junho, a partir das 14h, no Parque Permanente de Exposições de Ribeirão Preto. A informação consta no site oficial do evento.
Charlie Brown Jr. apresentará seu novo trabalho, “Música Popular Caiçara”, que reúne uma seleção no repertório de dez álbuns lançados ao longo de 15 anos de trabalho. Esse novo projeto também marca a fase em que a banda, liderada pelo vocalista Chorão, volta a ter cinco integrantes com o retorno do baixista Champignon e do guitarrista Marcão, além do guitarrista Thiago Castanho e o baterista Bruno Graveto.
Já Agridoce será apresentado pela primeira vez em Ribeirão Preto. Ao lado do guitarrista Martin, integrante de sua banda, a roqueira baiana Pitty traz para o festival seu novo projeto acústico. Sucesso pelo mundo virtual, as 12 canções que compõem o álbum do projeto são amenas e mais delicadas, estilo diferente do a que os fãs de Pitty estão acostumados. O single “Dançando”, que faz parte do projeto, já é sucesso pelas rádios do país.
A organização do festival abriu em seu portal uma votação entre internautas para a escolha das bandas na programação do evento. Nomes como Mano Chao, Lenine, Pitty, Criolo, Monobloco estão entre as opções.
Proibição
O veto à entrada de menores de 18 anos, mesmo acompanhados dos responsáveis, no festival João Rock, foi mantido pelo Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo.

"Eu quero crescer como compositora e cantora, como um desafio pessoal, sem ter que provar nada a ninguém...", afirma Pitty.

Pitty letras  ( 20/03/2006 )

Ela equalizou o Brasil inteiro com seu estilo musical libertário e com as nuances "Admirável Chip Novo" e "Anacrônico" pintou o maior quadro de sucesso nas rádios, sites, TV, blogs e já espalhou milhares de fã-clubes por todo o país.

Sem preocupações com rótulos, críticas e a aparência, a cantora baiana, ex-vocalista da banda Inkoma confirma a sua própria teoria, "que o importante é ser você, mesmo que seja estranho". Entre as madeixas castanhas e ruivas, os olhos verdes e demais adereços como tatuagens e piercings, Pitty é eleita pelo público não só como uma das maiores revelações do rock nacional, mas por sua incansável beleza. É impossível provar o contrário, mas a cantora já afirmou não se importar com isso. Para ela o que vale de verdade é o som e não a imagem.



Ouvinte assídua de Raul SeixasFaith No More e Nirvana a cantora também tem entre sua coleção de cds MuseMars VoltaQueens of the Stone Age e no acervo nacional: Dead Fish,Sepultura e Sangria. E quem diz que quem canta não tem gosto literário? Pitty é leitora de grandes escritores e filósofos e na lista dos favoritos estão Issac Asimov - o que escreveu "Eu, Robô", que inclusive virou atração nas telinhas - Stanley Hubrick e o que a inspirou para o nome de seu primeiro CD: Aldous Huxley, que escreveu "Admirável Mundo Novo".

"Anacrônico", a faixa-título de seu novo CD é uma autobiografia de Pitty, que por sinal não deixa nada a desejar no disco anterior que foi sucesso total - apesar da mesma afirmar que foi um disco feito com menos complexidade do que o último e ser um trabalho mais visceral. Para comprovar isso basta sintonizar nas rádios mais escutadas do Brasil e procurar pela cantora aqui no Vaga-lume: "Memórias" está com quase cinco mil acessos só no mês de março e promete muito mais.

Enfim, desde 2000 com "Influir" - ainda na Inkoma - e até hoje, a cantora continua como a revelação feminina do metal brasileiro. Com tanta ousadia e credibilidade assim, a moça de Porto Seguro mostra que veio para ficar.

Confira agora a entrevista exclusiva no Vaga-lume.
"Minha música sempre será mais importante do que minha pessoa". Esse foi um de seus depoimentos dados a revista MTV, em novembro do ano passado. A fama mexe com você, Pitty? Como você analisa o fato de hoje ser 'ídolo' de milhares de pessoas?

Pra mim a situaçao ideal seria que a arte e a música fosse realmente mais importante do que minha imagem, do que eu mesma, mas a situaçao real é que isso não existe pra um grande contingente de pessoas. Gostaria que fosse dessa forma porque além de cantar e ter uma banda, eu sou uma pessoa simples, que gosta de sair na rua tranqüila, que gosta de tomar café com pão na padaria, e o culto a persona, a celebridade, dificulta esse estilo de vida. Transito no meio de tudo isso com muita tranquilidade e paciência, equilibrando sempre esses dois lados. Dando atenção pras pessoas que curtem nosso som e se identificam, e tentando preservar meu lado humano de pessoa normal também. Não quero pedestal, não quero um séquito nem uma côrte, não quero ser escrava da idolatria. Fico lisonjeada de saber que tem um monte de gente se inspirando, se identificando, e dou pra eles a única coisa que eu tenho, que é a música.


Inkoma foi o pontapé inicial para sua carreira nos palcos da vida. Escutei o cd e o estilo "gritante" de Influir - particularmente músicas como "HC" me chamaram bastante a atenção. Como as pessoas que já gostavam da "Pitty Hardcore" vêem hoje as suas músicas, com mais de metal, punk e industrial?

Pitty letras
Acredito que alguns vejam uma evolução, outros achem que ficou xurumela... mas tudo bem, na verdade o que importa é se é verdade ou não. E isso eu sei que é. O Inkoma era uma banda aonde as músicas eram feitas por quatro pessoas, aonde quando eu entrei já existia um direcionamento ... eu por também gostar muito de hardcore, vivenciei aquilo e tentei somar. Mas era influência de mais pessoas além de mim, não era somente o meu som. Eu sempre ouvi coisas diferentes além de hardcore, que é uma parada que eu amo e ouço até hoje, mas eu sempre soube que quando fosse montar minha banda de verdade, ela seria mais versátil musicalmente, porque eu sou inquieta e gosto de coisas diferentes. O que me incomodava era ficar presa num rótulo, ou num estilo pré determinado. Faço musica pra me libertar, não pode ser uma prisão.


Fuçando um pouco em cada lado descobri que você curte de Issac Asimov, Stanley Hubrick até Aldous Huxley. Inclusive o último foi inspiração para "Admirável Chip Novo" em alusão a "Admirável mundo novo". Conte um pouco mais do que podemos encontrar na sua estante e qual a verdadeira filosofia que você leva para as suas músicas?

Eu adoro ler desde pequena, me proporciona uma sensação muito boa. Sempre tive um livro como companheiro, era "alguém" em quem me apoiar. E leio coisas diferentes também. De biografias à romances, livros de história, de música... amo Bukowski, John Fante, Burroughs, Blake, Simone de Beauvoir, Florbela Espanca... acho que a intenção nem seja levar alguma filosofia pras músicas, mas sim propor discussões, questionamentos, perguntas.


No mundo musical sempre rola aquela insegurança de cair no esquecimento, na mesmice, nos baús da casa dos atuais fãs. Como você lida com essa época de "celebridade de 15 minutos"? O que você procura fazer para que continue sempre na cadeira de fenômeno da música?

Acho bobagem pensar nisso, e acho que quem se preocupa com isso tá buscando uma coisa que realmente não existe. A vida é feita de altos e baixos, o que me interessa não é estar na "cadeira de fenômeno da música", ou algo assim. Eu quero poder fazer musicas que me definam, que me completem, eu quero crescer como compositora, e cantora, mas como um desafio pessoal, sem ter que provar nada a ninguém. Espero que isso seja aliado ao fato de existirem pessoas se identificando e vivendo isso conosco.


Já falamos do primeiro CD - isso me lembra a espetacular "Equalize". Anacrônico hoje está no mesmo caminho que o Admirável Chip Novo. Você acredita que o atual possa ultrapassar o estouro que foi a coletânea de tops de paradas, como a já citada "Equalize" e "Máscara"?

Não sei, mas Anacrônico tem me surpreendido bastante. Acabou saindo naturalmente um disco mais visceral, mais rasgado, e talvez menos pessoas tivessem estômago pra isso.. mas ele tem rolado muito bem.


"O importante é ser você, mesmo que seja estranho, mesmo que seja bizarro...". Qual a importância de não se importar com rótulos que as pessoas dão às suas atitudes, estilo e músicas, por exemplo? Ser considerada "metal à brasileira" pode ser sinônimo de muitas críticas - e muitos elogios. Como você lida com isso tudo?

Não lido, só isso. Porque eu mesma não tenho a preocupação de me rotular, de me encaixar num nicho, ou num escaninho. Isso é uma coisa externa. É natural, a necessidade das pessoas definirem coisas em palavras pra se entenderem, pra se comunicarem. Só tem que haver, na minha opiniao, um certo cuidado de quem define, e senso crítico de quem absorve, pra se evitarem equívocos.


Kurt Cobain, do Nirvana e Cedric Bixler Zavalla, vocalista do The Mars Volta são seus ídolos eternos - esqueci de Frank Zappa, claro. Dê uma listinha básica com cinco ou dez dos caras, cantoras ou bandas que hoje você escuta e acha que atualmente estão mandando bem no cenário nacional e internacional da música.

Coisas como MuseMars VoltaQueens of the Stone Age, de atuais. Nacional tem CascaduraSangriaEskimó, Ronei Jorge, Dead Fish,Sepultura...


"Memórias" está bombando de acessos aqui no Vaga-lume, e está com tudo nas rádios. Qual a história dessa letra e o que ela significa para você.

Pitty letras
Foi uma análise de como todas as coisas que a gente faz influênciam nossa vida pra sempre, as atitudes e o que você planta hoje, você vai colher amanhã. Memórias, lembranças que ficam e se tranformam em espectros te rondando e te fazendo sempre voltar numa coisa que já aconteceu. Significa muito, ela é uma das minhas preferidas principalmente porque deu bastante trabalho. A gente quase desistiu dessa música, porque achavamos que não estava bom, ate que um dia rolou e resolvemos gravá-la.


Você é uma das mais pedidas aqui no site. Como você vê a divulgação de suas letras em veículos de comunicação como o Vaga-lume?

Acho ótimo e aproveito pra agradecer a atenção e o cuidado. Informação nunca é demais!


Você conta uma história de amor facilmente - "Equalize" (novamente) - ao mesmo tempo canta músicas como "Quem vai queimar": ("Estuprem as mulheres/Brutalizem os homens/E queimem as bruxas"). Qual a resposta do público com relação a essa diversidade de gêneros? Têm algum que os seus fãs dão preferência?

Eu sou um ser mutante e cheio de sensações e sentimentos diferentes. A música é o meio que eu encontrei pra colocar tudo isso, coisas distintas, pra fora. Acho que eles se identificam de forma diferente com cada parte desse todo.


O que tem de bom em cartaz hoje? Quais os tipos, estilos de filmes você curte? Além dos filmes, quais os atores/atrizes você dá nota 10?

Amo cinema, de todo jeito. Adorei o filme sobre Johnny Cash, quero ver o novo de Woody Allen, e Memórias de uma gueixa. Os clássicos tem lugar de honra no coração. O Iluminado, ScarFace, GoodFellas, Clube da Luta, etc. Gosto muito de De Niro, Al Pacino, Jack Nicholson, Joe Pesci, Juliette Lewis, Isabella Rosselini, Audrey Tatou..


O que fazer num domingo sem shows, sem nada na TV e sem a companhia de Frida e Neve, suas gatinhas?

Ir ao cinema, fazer uma moqueca, ouvir música.


Quais os seus "points" registrados? Que tipo de lugar e música te faz dançar a noite inteira?

Qualquer balada rock com uma banda ou DJ legal.


O que seria uma boa lembrança da vida pra você? E uma ótima lição de vida?

Lembrar das pessoas que vc de alguma forma fez bem. Uma lição? Saber que o mundo gira e que tudo passa. Quando se percebe isso, rola um desapego pelas coisas supérfluas.


Num restaurante o que você pede sem olhar no cardápio? E a sobremesa?

Moqueca. Nao sou muito de doce não... sorvete, talvez.


Você tem sonhos: casamento, família, filhos? Como você estrutura isso com a carreira artística?

Nenhuma das opçoes acima, por enquanto.


Qual o conselho que você daria para bandas que estão começando agora?

Tocar no máximo de lugares possiveis, formar um publico.


Deixe um recado especial para os seus fãs aqui no Vaga-lume.

Um grande beijo a todos, e sejam sempre bem vindos aos shows!

História da Banda




Fica difícil dividir o que é a história da banda Pitty ou o que é a história da cantora Pitty, nome artístico de Priscila Novaes Leone. A cantora é a cara e o espirito da banda, criando uma identificação direta com o público jovem e rockeiro.
Pitty sempre gostou de rock e frequentava desde cedo as rodas baianas de rock. Sua carreira musical começou na banda Shes como baterista e seguiu depois no Inkoma, como vocalista. Junto com os músicos Peu (guitarra e violões), Dunga (baixo) e Duda Machado (bateria), ela decidiu arriscar e começou a banda que leva o seu nome.
A banda fez sucesso por onde passava e chamou a atenção de Rafael Ramos, produtor que descobriu bandas como Raimundos e Matanza. Rafael levou a banda Pitty com todos seus integrantes para São Paulo para produzir o primeiro álbum de suas carreiras.
O brilhante "Admirável Chip Novo" de 2003, levou a banda ao auge de uma forma que todas as músicas foram sucesso e tocaram nas rádios do país. Por possuir uma imagem marcante, a vocalista Pitty estrela a maioria dos clipes da banda que, costumam ser sucesso de audiência na MTV.
O segundo álbum veio em 2005 e levava o nome de "Anacrônico" e fez ainda mais sucesso, chegando a vender mais de 500 mil cópias. Pitty continuou chamando atenção de fãs e da mídia com clipes ousados. O primeiro DVD "{Des}Concerto ao Vivo" veio em 2007, após a turnê de "Anacrônico", e também contava com CD e um celular que vinha com o álbum completo.
O último álbum de estúdio da banda Pitty foi lançado no ano de 2009 e leva o nome de "Chiaroscuro". Como todos os trabalhos da carreira da banda, o álbum foi um sucesso. O single de estréia "Me Adora" se tornou mais um sucesso em uma carreira jovem e brilhante.
As músicas, assim como as letras da banda Pitty são recheadas de personalidade e atitude. Quem gosta de um bom rock não pode deixar de conferir as letras da Pitty em sites como o "Qual é a letra da música", que são repletos de letras de músicas para sair cantando esses verdadeiros hinos do rock brazuca.

Carreira de Pitty

Premio Multishow




Filha do comerciante Luiz e da dona de casa Tina, desde cedo se interessa pela música. Dos 10 aos 14 anos de idade mora em Porto Seguro, também no estado da Bahia e é la que aos 12 anos, logo após assistir a um show, que começa a paixão para valer. A partir daí, resolve montar uma banda. Em 1998, Pitty se junta com três amigas (Liz, Carol e Lulu) e forma a banda Shes onde assume a bateria. Para ela, foi um dos períodos mais divertidos de sua vida. Não chegam a gravar nenhum álbum. No entanto, fazem shows e chegam a fazer algumas fotos para divulgar seu trabalho.

Começam os primeiros movimentos para gravar o álbum Admirável Chip Novo. Faltavam ainda um guitarrista e um baixista para a gravação, já que o baterista já era certo: Duda. É aí que Pitty convoca Dunga para o baixo e Peu para a guitarra. Aliás, Peu já havia tocado numa banda chamada Úteros em Fúria, cujo vocalista Émerson Boreu morreu no ano de 2004.

Já no estúdio, Pitty ainda conta com a colaboração do produtor musical Liminha, muito conhecido no meio. Ele já produziu grandes clássicos do rock nacional como Cabeça Dinossauro dos Titãs. Além disso, o cantor Paulinho Moska dá sua contribuição na faixa Temporal tocando violão.
Em seguida, juntamente com a banda, Pitty grava o primeiro clipe e a partir de então o sucesso vem à tona. Máscara torna-se um dos clipes mais pedidos de vários programas musicais nacionalmente conhecidos. Sem contar com a forte divulgação em rádios, pois a música também é muito pedida. Em suma, esse clipe tornou-se o seu cartão de visitas e a porta de entrada definitiva no cenário musical.
E os resultados logo começam a aparecer: já em 2003 Pitty é indicada a Revelação no VMB da MTV, mas o prêmio acaba nas mãos dos Detonautas. Depois disso, ela lança outro clipe chamado Admirável Chip Novo, música que dá nome ao CD e também torna-se um sucesso. Um fato curioso é que neste clipe, o guitarrista era outro. Ele se chama Luciano, já que Peu não pode permanecer no Rio de Janeiro, pois ele morava com a esposa e a filha em São Paulo.

Em outubro de 2003, Pitty lança o clipe de Teto de Vidro com a volta de Peu às guitarras (ela resolve morar em São Paulo) e o clipe encerra o ano como o mais pedido do programa Top 20 da MTV.


Depois do plantio, vem a colheita. E em 2004, ela é indicada como Revelação no Prêmio Multishow de Música Brasileira. Como a votação para indicação era pela Internet, houve uma forte campanha aqui no fã-clube para a inclusão de seu nome em uma das categorias.
Mas a campanha ficou mais acirrada depois da indicação, pois a votação para ganhar o prêmio também era pela Internet. Resultado: Pitty acaba ganhando o prêmio das mãos da apresentadora Hebe Camargo. Nitidamente emocionada, ela dedica o prêmio à banda e a nós que admiramos muito o seu trabalho.
Também em 2004, ela grava o quarto clipe do álbum ACN. Dessa vez a música Equalize é escolhida e curiosamente ela já era um sucesso nas rádios. O clipe rendeu quatro indicações ao VMB, sendo que uma delas a votação era pela Internet. Já o clipe Admirável Chip Novo concorreu na principal categoria chamada Escolha da Audiência.


A noite de 05 de outubro de 2004 vem a ser um marco em sua carreira. Depois de pouco tempo de exposição ao grande público, ficava difícil acreditar que ela levaria algum prêmio do VMB para casa. Entretanto, todos nós do fã-clube jamais deixamos de acreditar que fosse possível. E na categoria Melhor Clipe de Rock na qual concorriam bandas do calibre de Sepultura e O Rappa, Pitty leva a melhor e ganha o primeiro prêmio da noite com o clipe de Equalize.
Porém, o melhor ainda estava por vir. Na categoria Escolha da Audiência, a última e principal do VMB, em que concorrem aproximadamente 20 clipes, ela vence com o clipe de "Admirável Chip Novo" . Um momento indescritível, emocionante. E estas premiações foram fruto da opinião do público, pois estas categorias dependiam de votação pela Internet.
Já no final de 2004, ela ainda encontra tempo para gravar o quinto clipe do seu primeiro CD. A música escolhida foi " Semana Que Vem".


O ano de 2005 começa com mudanças na banda. Peu sai novamente para dar lugar a Martim (ex-Cascadura). Ele entra junto com a Pitty no estúdio para gravação do segundo CD chamado "Anacrônico. Ela repete a parceria com o produtor Rafael Ramos e lança um álbum com 13 canções inéditas.
Na edição do VMB desse mesmo ano, ela coleciona mais alguns prêmios. O primeiro foi o Ídolo MTV. Em seguida, Pitty conquista o prêmio de performance ao vivo junto com a banda Ira! e por fim, ganha na categoria Banda dos Sonhos onde é escolhida como vocalista.

No ano seguinte, Pitty dá prosseguimento a participação dos grandes festivais que acontecem de norte a sul do país. Ela participa novamente das edições do Planeta Atlântica no RS e no Festival de Salvador. Ainda marca presença na edição do Ceará Music. Além disso, é convidada para participar num festival internacional, o Rock In Rio in Lisboa onde ela divide o palco com grandes nomes do rock como Red Hot Chilli Peppers e Roger Waters.
Quanto aos clipes, ela despeja mais dois do ábum "Anacrônico". O primeiro foi "Memórias" que ganhou o prêmio de melhor clipe do Prêmio Multishow de Música Brasileira e o segundo é "Déjà Vú". Aliás, em termos de premiações, 2006 também foi um ano generoso com a Pitty. Depois de ganhar prêmios no Multishow e no canal Nickdleon, ela fatura vários outros no VMB. São eles: Melhor Clipe de Rock, Melhor Site, Banda dos Sonhos (de novo) e o principal da noite, a Escolha da Audiência. De fato, outra noite emocionante e inesquecível para todos nós. 

Conheça a história da Pitty

equalizepitty | Conheça a história da Pitty....

Desde a infância em Porto Seguro que ela tem seus ouvidos atentos àquela música de potencial subversivo e transformador. Começou com uma fita do conterrâneo Raul Seixas que o pai músico, tocava no seu bar. Passou pelos Beatles e Elvis, ouvidos em casa pela mãe. E chegou aos decibéis do Faith No More, Nirvana e Metallica, contrabandeados com algum inevitável atraso para Porto Seguro por amigos, justo quando ela entrava na adolescência " fase crítica e decisiva, em que começava à alçar vôo na vida. Pitty se lembra bem: "aquela música casou com meu estado de espírito na época. Eu estudava em escola particular e não tinha luxo em casa. Via as meninas com roupa de grife e não entendia como a imagem poderia ser algo tão importante. Isso me levou a me questionar e me convencer de que o melhor é ser eu mesma". 



Década e tantos depois, a convicção ainda está lá em Admirável Chip Novo. "Ninguém merece ser mais um bonitinho", canta Pitty em "Máscara", uma das faixas mais pesadas do disco, digna de um álbum do Helmet. Bonita como uma estrela teen, mas com tatuagens, piercings e vestidos pretos que dariam muito assunto num papo com Phil Anselmo, a cantora se sustenta no cenário com som, atitude e discurso. Forma econteúdo se unem no trabalho dessa pequena notável (Pitty foi o apelido que a menina Priscila ganhou por causa da estatura), disposta a mostrar que o tabuleiro da baiana tem muito mais coisas do que a nossa vã imaginação poderia sacar.





Na adolescência em Salvador, a espevitada cantora integrou a banda de hardcore Inkoma, que lançou fita demo, participou de coletâneas e lançou no ano de 2000 o CD Influir. "E o que impressionava não era o fato de eu ser menina, mas o nosso som, que era muito tosco. É claro porém, que rolavam algumas piadinhas", diz Pitty, que se beneficiou de uma cena roqueira que na época abria brechas no sufoco axé de Salvador, de bandas como Lisergia, Dois Sapos e Meio. The Dead Billies e Brincando de Deus.



Mas como tudo na vida, o Inkoma acabou. Atropelada pelos acontecimentos, Pitty foi a luta. Aprendeu a tocar violão, foi estudar música na escola da Universidade Federal da Bahia (onde Tom Zé, em outros tempos, teve suas lições de música atonal com o maestro Hans-Joachim Koellreutter) e começou a compor. As letras vieram dos diários que mantinha desde a infância " com eles, por sinal, que ela começou a se alfabetizar. Sem a menos das expectativas, numa tarde vazia, Pitty recebeu um telefonema do produtor Rafael Ramos (de discos de Los Hermanos, Raimundos, João Donato, Vídeo Hits, entre outros), que era um dos sócios da Tamborete, selo que lançara o disco do Inkoma, informado de que ela compunha para um possível trabalho solo, Rafael pediu uma fita com as músicas em voz e violão. E o resto... o resto ainda há de ser história.



Para gravar Admirável Chip novo no Rio, nos estúdios Tambor, sob o comando de Rafael, Pitty carregou dois dos melhores músicos de Rock de Salvador: o guitarrista Peu (do Dois Sapos e Meio) e o baterista Duda (do Lisergia), que tiveram até um grupo juntos, o Diga aí Chefe. Com punch e categoria instrumental, eles ajudaram a cantora a moldar aquilo que define como "um apanhado sonoro" de tudo que ouviu na vida. "Teto de Vidro" ("quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra") abre o disco com pulsação mental, indignação punk e uma feminilidade que irá surpreender muita gente. Sem refresco, entra em seguida a também faixa-título, que Pitty não esconde, é mesmo inspirada pelo livro Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, um dos escritores favoritos dessa rata de sebo fissurada por ficção científica. Bombardeada de manhã cedo na internet por todo tipo de mensagem publicitária, Pitty anteviu um mundo em que as pessoas haviam se tornado robôs " só ela era capaz de ver a verdade sobre a dominação, como se fosse herói do filme Matrix. Já o filósofo inglês Thomas Hobbes é a referência de outra pedrada do disco, "O Lobo" ("o homem é o lobo do homem"). E um conto de Edgar Allan Poe, sobre a possibilidade de se fazer parar o tempo, deu a partida para a épica "Temporal", faixa que acabou ganhando uma roupagem a altura de suas intenções: violoncelo de Jacques Morelembaum, violão de Moska e violino de Ricardo Amado, num arranjo cheio de arabescos de Jota Moraes, que não deixa nada a dever a um "Disarm" dos Smashing Pumpkins ou mesmo "Kashmir" do Led Zeppelin.



Apesar de estar cheio de músicas fortes, como "Só de Passagem", "Semana que Vem", "Emboscada" e "Do Mesmo Lado", Admirável Chip Novo abre espaço para Pitty se aventurar numa power balada, "Equalize", que teve a participação do mutante Liminha no baixo, (nas outras faixas, o instrumento foi tocado pelo onipresente Dunga). Mais uma vez, surpresas: diferentemente de um exemplar comum desse gênero popularizado por Kiss, Scorpions e Bom Jovi, o romantismo não é sinônimo de baba. Ao contrário: o componente mais forte na música é o erótico, expresso em delicadas metáforas. "Não fiz uma música sobre amor, mas sobre sexo", entrega Pitty. Algo que certamente Avril não escreveria por conhecer ainda pouco da vida, e Alanis por estar mais preocupada em ser zen. Mas Pitty, como de costume, não está nem aí para as comparações. E nem pensa muito no futuro, bem ao estilo Kurt Cobain " o que importa é que o trabalho está feito. "Tudo pode mudar. Eu pulei do penhasco e não sei se o pára-quedas vai abrir. Mas se não abrir, também, tudo bem," diz.